O Pico Capivari-Mirim entrou no mapa dos amantes de trilhas durante a pandemia de coronavírus enquanto todos os Parques Estaduais estiveram fechados. O Pico do Paraná, o Marumbi e o próprio Anhangava estavam situados dentro de unidades de conservação.
Mas o Capivari-Mirim, e também seus adjacentes, Capivari Médio, Capivari Grande, Capivari 4, não. Pertencentes ao Município de Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, o Capivari-Mirim não pertence a qualquer parque municipal, estadual ou nacional, e as pessoas que o visitam contam com a generosidade dos habitantes da comunidade local para ter onde estacionar seus carros, comer um pastelzinho, tomar água ou receber indicação de como fazer para acessar a trilha do Pico e também da Cachoeira (sabiam que tem Cachoeira no Capivari-Mirim)?
A comunidade do Capivari-Mirim é uma comunidade altiva, que vive cercada de riqueza natural, ar puro, terra fértil (mas bem inclinada) e muita hospitalidade para com o visitante. Mas tem uma coisa que falta por lá: recursos materiais. É verdade que respirar ar puro e comer alface direto da horta não custa nada. Mas todo o resto custa. E muito! Além disso, depois que os parques estaduais foram reabertos, a procura de visitantes pelas montanhas do Complexo Capivari-Mirim diminuiu bastante, afetando a renda da comunidade. Por isso, o Trilhatododia decidiu somar esforços para uma campanha permanente de doações.
Dona Odete e seu Jorge são desses hospitaleiros que cuidam da gente toda vez que visitamos essa montanha mágica. Permitem que estacionemos em seu terreno, que nos fartemos de água fresca antes e depois da trilha e ainda ficam de olho para avisar os bombeiros no caso da gente não voltar. Mas o melhor de tudo é que preparam aquele lanche ou refeição se a gente pedir. Além desses dotes hospitaleiros, o casal ainda cuida dos filhos, dos netos e da comunidade. Sempre antenada com as necessidades do povoado, dona Odete vende rifas da igreja para ajudar aqueles que mais precisam. E nos pede: tragam roupas em bom estado, fraldas, ou nos ajudem a ajudar aqueles que mais precisam.
E é isso que queremos incentivar aqui. Nós, amigos e amantes de trilhas, quando decidirmos visitar o Capivari Mirim, lembremos que aquela comunidade amável agradece a ajuda dos montanhistas.
Traga suas doações, entregue na casa da dona Odete e do seu Jorge que eles distribuem para os que precisam. E faça uma trilha leve no corpo e na alma!
Alimentos não perecíveis.
Roupas;
Brinquedos;
Fraldas (incluindo geriátricas);
